“Nossa empresa já teve um programa de lubrificação de classe mundial. Porém, ao longo dos anos e com a troca de muitos profissionais, vimos o nosso programa declinar até seu estado atual de más práticas, óleo contaminado, falhas em equipamentos e paradas. Atualmente estamos tentando reintroduzir nosso plano original de melhores práticas em lubrificação. Você tem alguma sugestão de como manter um programa de lubrificação eficaz depois dele ter sido alcançado?”

Com a aposentadoria de muitos profissionais habilidosos e poucos profissionais para ocuparem seus lugares, o turnover e a sustentabilidade de muitos programas está virando um problema real.

No passado, era muito comum que os profissionais mais antigos passassem seus conhecimentos (bons e ruins) aos novatos. Embora essa talvez não seja a melhor forma de conduzir os treinamentos, as atividades não eram comprometidas e as tarefas continuavam sendo executadas. Hoje em dia é muito comum que equipes inteiras mudem a cada 5-10 anos.

O primeiro passo para manter seu programa é documentar todas as tarefas e processos. Estes documentos oferecem um ponto de partida para os novos profissionais aprenderem o que é esperado deles e como executar as tarefas sob sua responsabilidade. A documentação também serve como ferramenta para consulta e avaliação, caso haja qualquer dúvida se os processos estão sendo seguidos.

Estes documentos devem ser revisados periodicamente (pelo menos uma vez por ano) para garantir que eles estão de acordo com as melhores práticas empregadas na indústria.

Muitas organizações estão formalizando processos de integração para os novos contratados que envolvem treinamentos sobre conscientização e melhores práticas.

O segundo passo é treinar a equipe. Treinamentos teóricos e práticos devem acontecer não só logo após a contratação, mas devem fazer parte de um cronograma definido de capacitação e reciclagem de conhecimentos.

Os treinamentos práticos podem incluir um treinamento dedicado sobre como executar tarefas específicas ou acompanhar um profissional mais antigo durante a execução das tarefas.

Tanto os treinamentos teóricos quanto práticos devem ter objetivos e deve haver uma avaliação ao final para validar a compreensão e retenção dos conhecimentos pelo novo profissional. A avaliação deve conseguir verificar tanto os conhecimentos teóricos do novo profissional quanto sua habilidade em executar a tarefa na qual ele foi treinado.

Ser treinado somente logo após ter sido contratado não é suficiente. Manter os profissionais atualizados nas melhores práticas da indústria é essencial para manter o programa de lubrificação.

Como mencionado por Jim Fitch em seu artigo “You Earn what you Learn”, as empresas devem sempre investir em capacitação para suas equipes uma vez que “…habilidades, conhecimento e bom trabalho se propagam. As pessoas ensinam umas às outras. Este conhecimento permeia e permanece por muito tempo no local de trabalho mesmo após as pessoas originalmente treinadas terem saído ou se aposentado.”

Um terceiro elemento, não menos importante e que talvez tenha o maior impacto na sustentabilidade do programa, é identificar e nomear um “padrinho” (champion) para o programa. Este padrinho é o “dono” e é responsável pelo sucesso do programa. O padrinho não necessariamente precisa ser um profissional com um nível hierárquico alto; deve ser um membro com bastante influência no grupo.

Embora não exista uma solução mágica para manter o programa sustentável, estes três pontos ajudarão você a construir uma base sólida para o programa.

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NORIA Corporation. How to Sustain an Effective Lubrication Program. Machinery Lubrication, Estados Unidos. Disponível em: https://www.machinerylubrication.com/Read/31240/sustain-lubrication-program. Acesso em 22 de Outubro de 2020. Versão em Português – Ingrid Freitas

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